LOGOMARCA DO ATELIER DE ARTE E RESTAURAÇÃO

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Na ILHA DE PAQUETA-RJ - CAPELA DE SÃO ROQUE


Capela de São Roque, Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, Brazil.

O que nos conta a História...

O Padre Manoel Antonio Espinho estava muito feliz naquele dia de 29 de dezembro de 1697. O Governo de Lisboa acabava de conceder-lhe o necessário Provimento para a fundação da capelinha consagrada a São Roque, na Ilha de Paquetá. Esta é data histórica oficial mais antiga que temos de referência sobre a Capela. A primeira missa foi oficiada em 24 de novembro de 1698, conforme A.G. Pereira da Silva. no livro Memória Histórica da Ilha de Paquetá.

Não há registro da data de construção da primitiva Capela de São Roque; consta que foi demolida em princípios do Séc. XX; sua reconstrução foi iniciada em 1905 sob a direção do arquiteto Miguel Bruno e concluída em 1911.

A primitiva capela, havia sido construída em propriedade particular, na Sesmaria de Inácio de Bulhões que naquela época era certamente o ponto mais habitado da Ilha. Posteriormente, boa parte daquela imensa propriedade converteu-se na Fazenda São Roque.

A Capela também foi palco de tragédia histórica. Na Revolta da Armada em 1893, ocasião em que a comunidade paquetaense da época viveu dias incertos e de triste lembrança, a capela foi transformada em necrotério. (vide capítulo Aspectos da Revolta da Armada, neste livro) Os corpos dos combatentes eram transportados para Paquetá e colocados na Capela até que se lhes desse sepultura.

O prédio estava quase em ruínas necessitando mesmo de ser reconstruído. Havia ficado em lamentável estado de conservação após a saída dos revoltosos. Foi em 17 de agosto de 1902 que o Dr. José Carlos d'Alambary Luz, então proprietário daquelas terras, doava a plena posse da Capela de São Roque com todos os direitos ao Arcebispado do Rio de Janeiro.

O Padre Juvenal David Madeiro liderou a campanha para angariar fundos destinados à reconstrução do templo. Realizou quermesses beneficentes, recebeu diversos donativos da comunidade e em 1905 iniciou as obras, mas não chegou a vê-lo reformado, pois faleceu em 1908.

A igrejinha primitiva externamente, conta-nos Vivaldo Coaracy, assemelhava-se muito à construção atual. “Havia contudo uma escada exterior para acesso ao coro. No meio da escada, num patamar, a porta de ingresso à tribuna reservada aos donos da fazenda . No interior, dividia-se a nave em duas seções separadas por um muro baixo sobre o qual se erguia uma grade de varões de ferro.”

Conta Vieira Fazenda, que ainda as viu na capela primitiva: “haviam pequenas placas de madeira lavrada cobrindo de alto a baixo as paredes da sacristia. Cada uma delas registrava, em expressões singelas, uma cura milagrosa ou graça especial que a fé simples e sincera atribuía à intervenção de São Roque. Oferendas de cera, geralmente de formas anatômicas, como atestados de curas conseguidas. As promessas eram geralmente pagas por ocasião da Festa de São Roque, dia 16 de agosto.” Conta-nos ainda Vivaldo Coaracy que ” vinham de longe romeiros pagar promessas em reconhecimento de graças e favores obtidos por intercessão de São Roque.”

O Pintor Pedro Bruno, em honra ao Santo, pintou a famosa tela que se encontra até hoje sobre o Altar-Mor. É São Roque, junto ao seu Poço, tendo ao lado seu cão amigo. O quadro foi inaugurado em 16 de agosto de 1928 e, pela data, vemos que se tratava da ocasião da Festa do Padroeiro.

A Capela de São Roque, por suas linhas coloniais, sempre guardou o ar da mística santidade e da barroca simplicidade, entretanto, celebrizou-se mais em conseqüência direta do prestígio do Santo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ARTHUR BISPO DO ROSARIO NA BIENAL DE ARTES EM SÃO PAULO

Rosário, Arthur Bispo do (1911 - 1989) Biografia Arthur Bispo do Rosário (Japaratuba SE 19111 - Rio de Janeiro RJ 1989). Artista visual. Em 1925, muda-se para o Rio de Janeiro, onde trabalha na Marinha Brasileira e na companhia de eletricidade Light. Em 1938, após um delírio místico, apresenta-se a um mosteiro que o envia para o Hospital dos Alienados na Praia Vermelha. Diagnosticado como esquizofrênico-paranóico, é internado na Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Entre 1940 e 1960, alterna os momentos no hospício e períodos em que exerce alguns ofícios em residências cariocas. No começo da década de 1960, trabalha na Clínica Pediátrica Amiu, onde vive em um quartinho no sótão. Ali, inicia seus trabalhos, realizando com materiais rudimentares diversas miniaturas, como de navios de guerra ou automóveis, e vários bordados. Em 1964, regressa à Colônia, onde permanece até a sua morte. Cria por volta de 1.000 peças com objetos do cotidiano, como roupas e lençóis bordados. Em 1980, uma matéria de Samuel Wainer Filho para o programa Fantástico, da TV Globo, revela a produção de Bispo. Dois anos depois, o crítico de arte Frederico Morais inclui suas obras na exposição À Margem da Vida, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. O artista tem sido enfocado em filmes de curta e média-metragens; em livros, como Arthur Bispo do Rosário: o Senhor do Labirinto, de Luciana Hidalgo; e ainda em peças teatrais. Em 1989, é fundada a Associação dos Artistas da Colônia Juliano Moreira, que visa à preservação de sua obra, tombada em 1992 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural - Inepac. Sua produção está reunida no Museu Bispo do Rosário, denominado anteriormente Museu Nise da Silveira, localizado na antiga Colônia Juliano Moreira. Notas 1 Segundo registros da Light, onde trabalha entre 1933 e 1937, nasce em 16 de março de 1911. Nos registros da Marinha de Guerra do Brasil, onde serve entre 1925 e 1933, consta 14 de maio de 1909

sábado, 15 de setembro de 2012

30ª Bienal de São Paulo busca 'beleza e inteligência em tempo de incerteza'

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/09/30-bienal-de-sao-paulo-busca-beleza-e-inteligencia-em-tempo-de-incerteza.html

F COMME FEMME ADAMO TRADUÇÃO

Fantasmas nos templos

Fantasmas nos templos Angela Leite Xavier angelaxbr@yahoo.com.br Uma lenda diz que, debaixo da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, existe muito ouro. Dizem até existir um túnel debaixo dela que vai dar no Morro da Queimada. Por ele, os escravos de Paschoal da Silva Guimarães teriam tentado salvar o ouro de seu senhor quando o morro foi queimado por ordem do Conde de Assumar. Muitos escravos teriam morrido lá embaixo em conseqüência dos desabamentos. Por isso, até hoje, ouvem-se suspiros profundos das almas penadas daqueles mortos. Na verdade existe uma boca de mina debaixo da igreja. Ela foi descoberta por ocasião da restauração da igreja. Os homens desceram pelo porão, batendo o rosto nas muitas teias de aranha e afundando os pés na camada fofa de pó que cobria o chão. Deram com a boca da mina mas, em condições muito precárias, o que impediu o acesso ao seu interior. Uma vez, tarde da noite, um cônego foi chamado para dar assistência a um doente muito mal em seu leito. O religioso foi até a Igreja do Pilar buscar o viático para ministrá-lo ao enfermo. Dentro da igreja estava um seu irmão de ordem, desconhecido, ajoelhado, rezando. Como as portas estavam trancadas, o vigário não entendeu como o desconhecido havia entrado lá e perguntou a ele. Surpreso, ouviu-o dizer que morava ali mesmo. Em seguida, desapareceu, deixando o cônego de boca aberta Mas não é só a Matriz do Pilar a encerrar um caso assombroso. Outros templos também têm suas histórias. Antigamente havia uma fábrica de pigmentos naturais perto da Capela da Piedade. Toda aquela região é rica em pigmentos de vários tons, muito usados, antigamente, nas pinturas artísticas e de casas. Havia um senhor que era fiscal daquela fábrica e ia lá todos os dias fazer o seu trabalho. O local era deserto, não havia nenhuma casa nas redondezas, apenas a capela e o galpão das tintas. Uma tarde quente de sol, estava ele dirigindo-se à fábrica, como sempre fazia. Quando passou próximo ao adro da capela, avistou um padre aproximando, com aquela batina preta cheia de botões, chapéu preto, vindo dos lados do Padre Faria. O padre caminhava rapidamente, de cabeça baixa, em direção à porta da capela. O fiscal da fábrica tentou se aproximar para conversar com o padre. Então aconteceu o inesperado. O padre desapareceu bem na porta da capela. O pobre homem ficou atônito. Esse fato voltou a acontecer muitas outras vezes, presenciado pelo mesmo fiscal. O padre, andando apressado e desaparecendo na porta da capela de Nossa Senhora da Piedade. Muitas igrejas em Ouro Preto têm mistérios ainda não desvendados. Na Igreja do Rosário, podem-se ouvir, à noite, tambores e cantos maravilhosos. Ao ouvir esse som, muita gente, vencendo o medo, costuma encostar a cabeça nas paredes de pedra e ficar assim por muito tempo, apreciando a beleza daquela música misteriosa. Também na Igreja de São Francisco de Assis, muitos já ouviram gemidos e arrastar de correntes, em plena madrugada. Também foi visto no interior do templo, um irmão com hábito preto, rezando o breviário. Dentro da Igreja do Carmo, ouve-se um arrastar de chinelos. Dizem que é Maria Chinelaque assombrando. Ela era uma preta velha que limpava a igreja e estava sempre arrastando seus chinelos pelas ruas de Vila Rica. No interior da Igreja de Santa Efigênia, ao meio-dia, estando a mesma fechada, ouviu-se conversa de negros Mina, com seu sotaque característico. As vozes vinham da capela- mor. Muitas vezes, à noite, velas acesas foram vistas sobre as campas do cemitério da Capela de Nossa Senhora das Dores. A Igreja de São Francisco de Paula, muito antes de possuir iluminação elétrica, foi vista toda iluminada, brilhando na noite escura. Um passado rico em história tem seus vestígios materiais ou fantasmagóricos como tantas vezes ouvi contar. Acredita quem quer e, com certeza, quem viu e ouviu algo sobrenatural nos templos de Ouro Preto. (Texto adaptado de “Tesouros, fantasmas e lendas de Ouro Preto”, de Angela Leite Xavier)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CAPELINHA CRUZ DAS ALMAS-OURO PRETO-mg

Capelinha da Cruz das Almas Pertencente à Freguesia do Pilar, está situada no final da rua Henrique Adeodato, antiga ladeira da Cruz das Almas ou do Hospício. Foi tombada dentro do acervo da cidade, em 20 de abril de 1938, pelo SPHAN. Construída no final do século XIX, como nos atestava a data que se achava inscrita em sua fachada: 1888. Contudo, em 1980, uma batida de carro provocou o desaparecimento dessa data. É possível que nesse local existisse uma capelinha anterior, caso em que a atual seria uma reconstru- ção. Esta capelinha, com estrutura de madeira e alvenaria mista, possui óculo recortado em ângulos retos. Apresenta um único compartimento, no qual existe um altar onde está colocada uma cruz. É a menor de todas as capelinhas de Ouro Preto.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

MUSEU DO IPIRANGA

http://www.ipiranganews.inf.br/anterior4/suplementos/ipiranga_2003/supl
e011.htm

Festa da Purificação Santo Amaro 2012

As festas de Nossa Senhora da Purificação acontecem todos os anos de janeiro a fevereiro e têm o ponto alto na lavagem das escadarias da Igreja Matriz, no dia 31 de janeiro. Esta conta com a participação de mais de 400 baianas e é organizada por Dona Canô, mãe dos famosos cantores Caetano e Bethânia. O público se encontra no Campo Grande, antes do início dos shows, para descer em cortejo até o local do evento onde ocorre a lavagem das escadarias. Depois da lavagem acontecem shows musicais na Praça de Matriz com uma programação de peso com atrações nacionais e bandas locais e diversos grupos culturais de maculelê, capoeira e samba de roda, entre outros. O evento, em 2012, faz homenagem ao Tropicalismo e oferece três palcos: o Tropicália, o Alegria Alegria e o Proibido Proibir. fonte: guia cuca

OBJETOS TOMBADOS DO SEC. XVIII SÃO ROUBADOS DE A IGREJA MATRIZ N.S. DO ROSÁRIO- CACHOEIRA-BA

28 DE AGOSTO DE 2012 Fonte: O Paraguaçú.
Objetos usados durante cerimônias religiosas, entre eles uma coroa de ouro com brilhantes, foram roubados da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Cachoeira, cidade localizada no Recôncavo Baiano. De acordo com o delegado André Oliveira Alves, titular da Delegacia de Cachoeira, os itens levados são do século 18. Foram roubados ainda um resplendor de metal, duas nevetas de prata, um caldeirão de água benta, um cálice, uma bacia e um gominho, todos de prata. O município, a igreja e o material levado são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo informações do delegado, a ocorrência de arrombamento do cofre foi registrada na unidade policial por um padre da igreja no dia 21 de agosto. “Inicialmente, o padre registrou a ocorrência e disse que nada havia sido roubado. A igreja ficou fechada para reforma por dois anos. No dia 23 de agosto, o padre foi realizar uma cerimônia e sentiu falta dos objetos”, disse. Alves afirma que após a constatação do roubo por parte da administração da igreja, foi feito o aditamento da ocorrência para incluir as informações novas. Ainda segundo o delegado de Cachoeira, todos os objetos levados pelos suspeitos foram retirados do cofre da igreja, que foi arrombado.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

RESSuRREição de LÃZARO

Relíquia do acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo. “A Ressurreição de Lázaro”, de Anita Malfatti (1896-1964), óleo sobre tela, 1928, São Paulo.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

IGREJA DE SÃO JORGE- ILHÉus-BA

A igreja Matriz de São Jorge é uma construção do final do século XVII, segundo o IPAC. É uma Igreja de relevante interesse histórico e arquitetônico, com nave, capela-mor, corredor e lateral, sacristia e torre, do lado esquerdo. A fachada tem dois corpos, sendo o principal, emoldurado por cunhais e cornija, e vazado por bela portada, ladeada por duas portas, no térreo, e duas janelas ao nível do coro. A torre possui terminação piramidal e coruchéus nos cantos e arco pleno. Os cunhais, as cornijas e as cercaduras de portas, as janelas e as seteiras são em cantaria. No interior possui arco cruzeiro, nichos e bacia de púlpito também em arenito. O forro dos cantos é redondo, na nave, e em abóbada abatida, na capela-mor. O altar-mor, neoclássico, está incompleto. Entre as imagens da igreja, destacam-se as de São Jorge, um crucifixo, Nossa Senhora do Rosário e São Pedro. Na sacristia e no corredor lateral, utilizado como Museu de Arte Sacra, existem algumas peças de mobiliário; merece destaque a cabeça de santa, São Miguel, Nossa Senhora das Neves (séc. XVI), Santo Antonio, Santo Inácio e São Caetano (séc. XVII), e alfaias de prata. Dados tipológicos: Igreja de construção apurada, originária do final do séc. XVII. São típicas deste período as cercaduras com ressaltos nos cantos e a torre piramidal, utilizada pela primeira vez no Convento de Cairu (1660). Cercaduras semelhantes são encontradas em Sta. Tereza, Casa de Oração dos Jesuítas, solares Berquó e Sete Mortes, em Salvador, e na Igreja de São Brás, em Santo Amaro. Outra disposição arcaica está nos dois nichos laterais ao arco cruzeiro, observado também, no Colégio de Olinda, e igrejas de Ajuda e Belém, em Cachoeira. Este elemento e o apuro da construção sugerem a intervenção de algum arquiteto jesuíta. Histórico arquitetônico, segundo o IPAC (1988, p. 224): Após a chegada dos primeiros portugueses e a fundação da vila de São Jorge, Francisco Romero fixou a povoação no morro de São Sebastião. Em 1556 foi criada a Freguesia de São Jorge por Dom Pero Fernandes Sardinha e uma primeira igreja teve sua construção iniciada pelos primeiros moradores da capitania, mas só foi concluída em 1572. A matriz de São Jorge foi construída após o convento de Cairu, que data de 1660. No início do século XX, para alargamento de uma rua, foi demolida a sacristia direita da igreja. Seu partido primitivo era, portanto, a planta em “T”, característica do mesmo século. A Igreja Matriz de São Jorge pode ser considerada o mais importante monumento histórico localizado na sede do município. O Museu de Arte Sacra, localizado ao lado da igreja, possui peças belíssimas, antigas e raras.
CRÉDITOS DE A história de São Jorge dos Ilhéus – Maria Luiza Heine